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DOENÇAS DO SONO

Infarto, acidente vascular cerebral, diabete, hipertensão, depressão, obesidade e impotência podem estar associados a problemas do sono como ronco, apneia, insônia entre outros.


Ronco e Apneia

O ronco é o som emitido à passagem forçada do ar na faringe devida a redução da via aérea secundária a fatores como obesidade, anatomia da oro e nasofaringe entre outros. Estudos demonstram prevalência de 10 a 30% da população geral com apneia obstrutiva do sono, quadro alarmante em se tratando de saúde pública, considerando-se as implicações como o desenvolvimento de obesidade, diabete mélito, hipertensão arterial sistêmica, depressão, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além dos danos gerados à saúde, a apneia do sono, que pode ser caracterizada por redução do fluxo aéreo respiratório sem, necessariamente, ronco ou parada respiratória, leva a redução da atenção prejudicando atividades quotidianas como a direção de veículos, bem como a alterações de memória e desempenho cognitivo geral. O diagnóstico correto se dá através da polissonografia, exame que identifica os fatores associados à intensidade da apneia. O tratamento pode envolver medidas como o uso de aparelho intraoral para avanço da mandíbula, o uso de CPAP (aparelho de pressão aérea positiva contínua/máscara), tratamento otorrinolaringológico, dieta entre outras.

Insônia

A queixa pode ser de iniciar ou de manter o sono e as consequências envolvem cansaço diurno, irritabilidade, humor depressivo e alterações cognitivas que podem levar a prejuízo social e profissional ao adulto e problemas escolares à criança. Casos específicos podem culminar em doenças psiquiátricas e cardiológicas. Em geral, a anormalidade é observada com frequência mínima de 3 vezes por semana no período dos 3 meses recentes. Observa-se o uso de substância para induzir e manter o sono, como medicamentos popularmente chamados "tarja preta” ou outros hipnóticos. Comorbidades como dor crônica e refluxo gastresofágico são frequentes perturbadores do sono. A prevalência é elevada na população geral, relatada entre 10 a 30%, e pode vir acompanhada de outros distúrbios como a apneia obstrutiva do sono. A polissonografia é essencial na avaliação da insônia e o tratamento envolve uma séria de medidas chamadas de higiene do sono, bem como uso de fitoterápicos, melatonina, medicação, terapia cognitivo-comportamental, entre outros.

Hipersonia

A dificuldade em manter-se acordado durante o dia ou ataques de sono repentino são condições diferentes do espectro chamado hipersonia. Apesar da prevalência baixa, a narcolepsia provoca ataques de sono irrepreensível com ou sem cataplexia, a perda do tonus muscular que pode levar o indivíduo ao solo como se estivesse inconsciente, embora não haja perda da consciência. Diferentemente, a hipersonia idiopática se associa à necessidade de grandes períodos de sono diários.

Alterações do ritmo circadiano

Atraso ou adiantamento do horário de dormir, ciclos irregulares de sono, mudanças do ciclo de sono de trabalhadores que alternam turnos, mudanças de fuso-horário em viagens longas são problemas que afetam o sono e a saúde e que podem ser corrigidos ou minimizados.

Parasssonias e síndrome do sono insuficiente

Distúrbios como terror noturno, despertares confusionais, enurese noturna, sonilóquio, síndrome das pernas inquietas, são exemplos de problemas comportamentais e de movimentos que podem afetar a qualidade do sono de crianças e adultos e que podem ser tratados.